quarta-feira, 12 de março de 2014

Memoria de cristal que grava informação para SEMPRE!!!

Brevemente, os dados armazenados em cristais não serão apenas uma exclusividade do Super Homem. Investigadores da universidade de Southampton conseguiram gravar informação num cristal com uma elevada densidade de forma controlada. Como a estrutura interna do cristal é modificada de uma forma estável, os investigadores criaram uma nova forma de gravação de informação que é virtualmente indestrutível - uma memoria eterna!!



Jingyu Zhang, um dos criadores desta tecnologia, calcula que uma memoria de cristal poderá conter com fiabilidade informação por pelo menos 3*1020 anos, o que corresponde a 30 triliões de anos. Para calcular a durabilidade da informação gravada, os investigadores simularam o envelhecimento da mesma, submetendo-a a varias temperaturas. Quanto maior o calor, menor será a vida útil da memoria de cristal. Contudo, a 189ºC, a memoria ainda duraria o equivalente á idade que se calcula que o universo tem.

Gravação Eterna 

 

Usando a potencia de um lazer que emite pulsos de luz com 280 femtossegundos de duração(cada femtossegundo corresponde a 10-15 segundos),  os investigadores gravam pequenas "ranhuras" no interior de uma pastilha formada por três camadas de quartzo. Ao serem usadas as três camadas de quartzo, o lazer regista no cristal a intensidade e a polimerização da luz e cada ponto gravado regista três bits de informação de uma vez. Como os pontos gravados são muito pequenos, é possível alcançar um tamanho para gravação de informação na casa dos terabytes.
O único inconveniente é que a gravação é lenta, chegando aos 6 kilobytes por segundo, no entanto a equipa de investigadores afirma que se aumentarem a potencia do lazer, pode ser possível chegar aos 120 megabytes por segundo.



Memoria Eterna

 

A ultima vez que se falou em guardar informação eternamente, a promessa era que essa informação seria gravada durante mil milhões de anos. No ano passado, a empresa Hitashi prometeu um disco baseado em cristais de quartzo, afirmando que este disco teria de vida útil alguns milhões de anos, mas que seriam ainda necessários três anos para serem lançados no mercado.
Um disco de DVD ou BlueRay têm de vida útil aproximadamente 10 anos.Houve varias tentativas para colocar no mercado discos opticos que teriam uma vida útil de aproximadamente 100 anos, mas sem sucesso. Hoje, apenas as fitas magnéticas conseguem ter de durabilidade um século.

 



domingo, 9 de março de 2014

Bio Impressao 3D

Uma empresa Americana ligada a biologia chamada "Organovo", de San Diego, prepara-se para a primeira impressão de órgãos  do mundo, já neste ano. A impressão vai ocorrer da mesma maneira que qualquer outra impressão em 3D : a bioimpressao estabelece camada após camada de material, neste caso células vivas, de forma a criar uma entidade física solida, sendo esta o tecido humano. O maior desafio deste projecto é a criação dos sistemas vasculares que garantem a oxigenação e nutrientes necessários para sustentar vida. Caso contrario, as células morreriam antes do tecido sair da mesa da impressora.


No entanto, a empresa americana parece ter superado isso mesmo - "conseguimos espessuras de 500 microns e conseguimos manter o tecido hepático num estado totalmente funcional com o comportamento fenotipico nativo de pelo menos 40 dias"-afirma Mike Renard, vice presidente executivo de operações comerciais da Organovo. A empresa não comentou ainda a futura implantação deste tipo de órgãos, o que teria que passar por uma bateria de avaliações governamentais, antes de ser aprovado para fins clínicos.

De qualquer maneira, a criação de um fígado viável representa uma grande mudança para a industria de bioimpressao e da medicina, pois um tecido criado por um a impressão 3D poderá manter-se vivo por tempo suficiente para testar os efeitos de medicamentos sobre ele, ou mesmo implanta-lo num corpo humano, onde ele se poderá desenvolver ainda mais.

Imagem de um tecido de fígado criado por uma impressora 3D


"ainda é muito cedo para se especular sobre a amplitude de aplicações que a engenharia de tecidos vai possibilitar, ou sobre a eficácia alcançada", disse Mike Renard.

O futuro deste tipo de aplicações poderá demorar entre 3 a 10 anos, pois terá que passar por uma revisão pela Food and Drog Administracion (FDA),  após o desenvolvimento bem sucedido de tecidos e a conclusão dos estudos clínicos.



sexta-feira, 7 de março de 2014

Glowing Plant - Plantas brilhantes

Antes da tecnologia tomar conta do mundo, os dias começavam e terminavam com o sol. As tarefas que fazíamos durante o dia tinham que ser eficientes, para não desperdiçarmos nenhum momento de luz natural.
Hoje em dia, com o fácil acesso que temos à electricidade, podemos realizar todo o tipo de actividades mesmo no escuro. No entanto, a luz artificial é cara, e produzir electricidade a partir de combustiveis fosseis não é uma boa opção para o planeta.


As soluções não eléctricas, como por exemplo, a energia solar ou eléctrica são uma solução viável. Mas, e se levássemos o conceito mais alem, de modo a eliminarmos as lâmpadas por completo?? O empresário ligado a novos conceitos tecnológicos, Antony Evans, o biólogo Omri Amirav-Drory e o especialista em plantas Kyle Taylor são as mentes criativas por detrás do projecto Glowing Plant, que têm com ambição eliminar todo tipo de lâmpadas.

Usando uma melhor sequência e impressão de ADN, estes cientistas conseguem melhorar a luminescência natural das plantas. Há já quem afirme que este tipo de plantas vai um dia iluminar as casas e as ruas, em vez das lâmpadas convencionais.Os cientistas criam os genes modificados no Genome Compiler Software, e depois inserem-nos numa planta chamada Arabidopsis, que é uma pequena planta com flor. O gene principal causador da luminescência é a Luciferase, que é o mesmo gene que faz com que os pirilampos brilhem a noite. A Equipa faz questão de realçar que a planta não é comestível.

O projecto esta a ser conduzido como conceito de OpenSource, ficando assim ao alcance de qualquer pessoa. "Toda a produção que este projecto originar será em Opensource, sejam as plantas ou as construção de ADN", afirmam os fundadores do projecto.

Imagem de um prototipo de uma Glowing Plant.
Obviamente, trabalhar com base em modificaçao genetica tem os seus riscos. Nao se sabe se as plantas brilhantes terão um efeito negativo na flora circundante, ou se vão entrar em decomposição em segurança, por exemplo. A ideia pode parecer ficção cientifica. mas a contar com todos os apoios que já recebeu na Kickstarter, parece que existem muitas pessoas interessadas em ver esta ideia tornar-se realidade.


Fantástico, não é?





sábado, 1 de março de 2014

Project ARA, o smartphone modular!

A google anunciou recentemente o "Project ARA", cujo o objectivo é criar smartphones modulares - o utilizador pode monta-lo e actualiza-lo a seu belo prazer. Ainda a muitos desafios para se criar um dispositivo assim, mas a google esta a levar este projecto a serio, tanto que pretende comercializar este dispositivo partir de apenas 50 dólares.


O plano da google é criar um "grayphone", que consiste num exosqueleto básico e personalizar, que inicialmente terá apenas uma tecla, carcaça e um chip Wifi. Este dispositivo teria um preço de 50 dólares e seria vendido em "lojas de conveniência". Apartir deste ponto, os utilizadores poderiam personalizar o dispositivo , acrescentando os módulos que pretendem, como processador, câmara, etc.

Mas onde poderiam os utilizadores comprar os módulos? Paul Eremenko, líder do projecto, imagina que uma app embutida no dispositivo permitira ao utilizador ajustar certos elementos do design, e para comprar os módulos, os utilizadores teriam que ir a quiosques especiais. Este quiosques seriam projectados em contentores próprios, que seriam enviados para todo o mundo, contendo as ferramentas e peças para que o utilizador possa personalizar o seu dispositivo.
Tudo isto parece um pouco ambicioso, e segundo Paul Eremenko, a google ainda esta a analisar se existe procura para este tipo de Smartphones.


Mas quais são as vantagens de um smartphone modular?? 

Esta nova tecnologia permite criar aparelhos mais versáteis, no qual o utilizador decide o que precisa ou não, quanto tempo de duração tem a bateria e por ai. Para os fabricantes, também traz vantagens, pois permite que apenas se foquem naquilo que melhor sabem fazer, como um modulo para câmara ou GPS, em vez de terem que criar um smartphone inteiro.

É importante dizer, que um projecto como este tem uma boa dose de cepticismo, pois a modularidade pode reduzir a integração entre componentes, o que pode fazer com que o dispositivo seja maior do que o normal, ou mais lento. Tentativas anteriores para criar um Smartphone modular falharam, como o Handspring Visor, construídos pelos mesmo fabricantes do PalmPilot, ou o Modu, cuja a empresa fechou 
em 2011, vendendo a maioria das suas patentes a Google.

Mesmo assim,  motivos para permanecer optimista. O projecto esta entre ao grupo ATAP(advanced technology and products), comandado Regina Dugan, Ex-Directora da DARPA- órgão responsável por alguns dos projectos mais incríveis dos últimos tempos.



A google ira fazer em Abril, uma conferencia apenas sobre este projecto, demonstrando desta forma que esta a levar este tipo de Smartphones a serio.
Inicialmente o projecto estava a cargo da motorola, mas quando esta foi vendida para a lenovo, o grupo ATAP desvinculou-se da motorola, indo para um escritório alugado a poucos quilómetros da google. A google espera lançar o seu primeiro smartphone modular dentro de um ano, com preços a começarem no 50 dólares. Agora é esperar para ver!!!